||Filme|| Resenha: Pesépolis

Não gosto muito de filmes em preto em branco, o que dirá desenhos em preto em branco. Quando fui ver já fui com o pensamento de que não iria gostar, mas me surpreendi. Vai contar a história de Marjane, ou Marje, que mora em Teerã e tem pais que se envolveram muito com os movimentos no Irã.

Marje até teve o seu tio preso e morto. Bom, mas enfim, é um filme que me ensinou bastante sobre os conflitos que o Irã se envolveu, mas nem por isso é um filme chato que só vai contar os conflitos e fica por aí. Não, tem uma história por trás disso, a história de Marje, que começa por volta de seus sete anos de idade.

Tem momentos em que ela narra conflitos, mas logo depois vem uma cena legal. Marje foi criada para não ficar quieta diante de regras estúpidas adotadas na época. Por exemplo, era proibido ir/ fazer uma festa, mas Marje ia, pois era uma adolescente. E nós , adolescentes, não conseguimos ficar quietos, nem mesmo ficar sem quebrar uma regra.

Pois bem, Marje é mandada para Viena, na Áustria, pois seus pais não queriam deixá-la no meio de tanto perigo e, no meu ponto de vista, queriam que ela se divertisse.

Ela é mandada para lá e vemos como foi sua vida lá. Lá o Universo é bem diferente, eles podem ir à festas, beber etc. É um novo mundo para Marje, e ela explora, com toda certeza. É lá que ela é traída pela primeira vez, não sei se houveram outras, é lá a que ela fica dias sem comer até ser levada para um hospital etc. É lá que Marje se descobre.

Ela podia ter contado sua história através de atores, mas ela quis desenhar. Que para mim  foi uma boa escolha, pois nos divertimos mais e ela tem mais liberdade para escolher como será cada cena.

Marje sempre desobedeceu regras, desde pequenas a grandes regras. Eu acho que se estivesse na mesma situação dela faria a mesma coisa. Gostaria de ouvir música muito alta que está “no top das paradas”. Gostaria de me divertir com meus amigos, e mil e uma coisas que o governo proibiu. Mas não sei se teria a mesma coragem. Ficaria com muito medo na hora de executar o “plano” e ficaria com um pressentimento que tudo daria errado, e o pior ficaria com medo de entrar numa enrascada.

Confesso que houve horas em que o filme fica muito parado. Mas a vida é assim às vezes agitada, às vezes calma.

ATENÇÃO ESSA RESENHA FOI UM TRABALHO DE ESCOLA

Bjs,

Isa